sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Cumplicidade

Não existe amor sem correspondência.
Quem ama
tem alma de poeta,
todos que amam...
Amor necessita cumplicidade,
espanto,
como uma revelação estrondosamente nova
amaciando corações
e dando respostas tão esperadas.

O amor não se faz de platonismos distantes,
porque tudo que não é reciprocidade
acaba morrendo como uma planta sem água.
Seca!
Assim são os sonhos,
secam se não regados,
se não sonhados e construídos contra a correnteza.

Amar, poetiza,
é se encontrar no outro,
morada dos desejos,
depois de tanto tempo longe do lar.
É cantar com os pássaros o dia anunciado,
interagindo com a natureza,
com todas as formas naturais da criação divina.
O amor se faz dessa comunhão permanente,
desse ardor, dessa sede,
dessa tempestade que varre a indiferença,
que varre o olhar interesseiro da carne.

O amor também é quente,
como uma vontade de sublimação,
tocar o corpo da alma amada
e ali explorar cada canto,
provocar suspiros.
Entregar as sensações mais absurdas
e depois abraçar forte
como se só ali valesse a pena viver.

Amar,
amar...
Necessidade que se faz dessa entrega mútua,
dessa vontade de viver no outro,
dessa elevação à dimensão superior.
Amar
é essa entrega e esse chamado,
essa convocação do céu.

Amar é ver teu sorriso
e ali ter a recompensa por todas as dores já tidas nessa vida.

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