domingo, 10 de outubro de 2010



Vidinha que é minha, só pra o meu consumo...

Têm coisas que tem seu valor. Avaliado em quilates, em cifras e fins. E outras não têm o apreço. Nem pagam o preço que valem pra mim. Tenho uma velha saudade. Que levo comigo por ser companheira E que aos olhos dos outros. Parecem desgostos por ser tão caseira. Não deixo as coisas que eu gosto Perdidas aos olhos de quem procurar. Mas olho o mundo na volta. Achando outra coisa que eu possa gostar. Tenho amigos que o tempo. Por ser indelével, jamais separou. E ao mesmo tempo revejo As marcas de ausência que ele me deixou.. Carrego nas costas meu mundo. E junto umas coisas que me fazem bem. Fazendo da minha janela. Imenso horizonte, como me convém. Das vozes dos outros eu levo a palavra. Dos sonhos dos outros eu tiro a razão. Dos olhos dos outros eu vejo os meus erros Das tantas saudades eu guardo a paixão. Sempre que eu quero, revejo meus dias. E as coisas que eu posso, eu mudo ou arrumo. Mas deixo bem quietas as boas lembranças.

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